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Produtos aparentemente saudáveis e de baixo valor calórico como barrinhas de cereais podem na verdade desequilibrar a dieta

Pessoa comendo barrinha de cereais

Pessoa comendo barrinha de cereais: longe de serem “light”, muitos desses produtos trazem altas concentrações de açúcar, sódio ou gordura

Regimes sem a devida orientação são sempre um risco para a saúde. Uma das atitudes mais comuns de quem quer emagrecer rapidamente é ir  ao supermercado e comprar uma série de opções aparentemente saudáveis, como barrinhas de cereais, sopas instantâneas, adoçante e sucos de caixinha. Supostamente benéficos à dieta, muitas vezes esses produtos são, na realidade, “falsos” alimentos saudáveis.

“Basear-se em itens industrializados com alegações de marketing emagrecedor é um grande erro. O ideal é consumir alimentos naturais e deixar os industrializados para situações de emergência, sempre procurando limitar sua quantidade”, alerta o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital e Maternidade São Luiz.

Longe de serem “light”, muitos desses produtos trazem altas concentrações de açúcar, sódio ou gordura. Como isso não está claro ao consumidor, este acaba ingerindo esses nutrientes sem perceber, ultrapassando muito a quantidade máxima diária recomendada. “O rótulo é nosso principal aliado, mas faltam programas educacionais orientando como analisá-los”, explica. É preciso ficar atento principalmente às informações referentes a carboidratos, proteínas, gorduras, colesterol, fibra e sódio.

Barrinhas de cereais são um dos itens que frequentemente levam a enganos. Para ficarem mais atraentes e saborosas, muitas têm cobertura de chocolate, mel, açúcar refinado, entre outros ingredientes não recomendáveis para quem precisa controlar o peso.

Nesse caso, a sugestão é procurar frutas desidratas (damasco, ameixa, uva passa) e sementes oleaginosas (castanhas, amêndoas e nozes, por exemplo). Outra cilada é a bolacha água e sal. Considerando que cada bolacha tem uma média de 30 calorias, quatro unidades equivalem ao mesmo valor calórico de um pão francês, mas com uma quantidade muito superior de gordura.

Os “falsos” alimentos saudáveis não estão proibidos – podem ser úteis se utilizados com consciência e orientação, especialmente quando não existe a possibilidade de preparar alimentos naturais. Especialistas ressaltam, porém, que comprar alimentos naturais e preparar a própria refeição é sempre a alternativa mais saudável. “Já para perder peso, a receita é associar restrição calórica e atividade física”, afirma Cukier.