Na primeira interdição da Impala, em 2005, a apresentadora Xuxa informou por meio de sua assessoria de imprensa que “não iria se manifestar”; que «o controle de qualidade do laboratório era satisfatório»; que “tratava-se somente da venda de concessão de imagem” e, surpreendentemente, que “o esmalte não é para crianças”.
Xuxa é responsável por explorar a venda de concessão de imagem a infindável número de produtos infantis no vasto mercado brasileiro. Esse fato foi determinante para que a consumidora utilizasse o esmalte Xuxa Impala de alta aderência sem questionamentos.
A apresentadora Angélica, cuja marca também incluiu o estoque de produtos tóxicos interditados, roubados e recolocados no mercado, igualmente alegou que não se manifestaria.
Ambas apresentadoras terminaram por renovar contratos com a Impala, mesmo após o laudo Fiocruz, primeira interdição da Marca e alegação de “roubo” por parte do fabricante comprador de concessões.
Xuxa Meneghel, somente suspendeu o contrato com a Impala, após a segunda interdição forçada pela consumidora em 2006, quando esta declarou à Anvisa que realizaria comunicado internacional do caso e enviaria fotos de vítimas à publicação inglesa The Economist.
Essa experiência fez com que a Luiza Rotbart aderisse à prática adotada por movimentos de consumidores dos países desenvolvidos de não comprar produtos que levem nomes de artistas em suas marcas, devido à falta de envolvimento dos mesmos com a qualidade de seus produtos e falta de compromisso social.
Grandes interesses de venda de concessão de imagem, além de incentivo o consumismo, também representam imenso perigo para o cidadão em denuncias de casos de intoxicação.