Pedro TriginelliDo G1 MG
A Justiça de Sabará, na região Central de Minas Gerais, investiga quatro mortes de mulheres que podem estar associadas a uso de medicamentos adulterados, produzidos pela Hipolabor.
Os dois sócios da empresa farmacêutica foram presos em uma operação contra sonegação fiscal, falsificação de medicamentos, formação de cartel e fraude a licitações.
As mortes foram registradas na cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a promotoria do Ministério Público em Sabará, os óbitos não são recentes, mas a data não foi divulgada. A suspeita é que as quarto mulheres tenham morrido por uso do anestésico Cloridrato de Lidocaína ou Cloridrato de Bupivacaína, do laboratório Hipolabor. Uma quinta morte também investigada foi registrada no Espírito Santo.
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dos sócios(Foto: Ministério Público Estadual)
Os dois sócios do laboratório farmacêutico foram presos na manhã desta terça-feira (12) em uma operação de combate à sonegação e falsificação de medicamentos, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual de Minas Gerais. Os mandados de prisão foram cumpridos em Belo Horizonte.
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em três empresas que pertencem a um grupo econômico voltado à fabricação e distribuição de medicamentos. As investigações, segundo o Ministério Público, começam há mais de um ano para apurar a possível existência de uma organização criminosa voltada para a prática de crimes de sonegação fiscal, formação de cartel e fraude à licitação.
De acordo com o coordenador da operação, promotor Renato Froes, uma força-tarefa foi criada para analisar os documentos e os computadores apreendidos. «Os dois sócios tinham um patrimônio de R$ 12 milhões em imóveis que já foi bloqueado. Hoje, na comarca de Sabará, foi feita uma denúncia contra um dos sócios por crime de ordem tributária no valor de R$ 9 milhões. É um crime de grande extensão e outras sete empresas de outros estados estão sendo investigadas», disse.
Os sócios tiveram a prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça de Sabará. Os dois suspeitos vão ficar presos no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristovão.
Fonte: G1 Minas Gerais 12/04/2011