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Abihpec, Esmalte hipoalergênico, Hypermarcas, impala, L'Oréal, Laboratório Avamiller, Leis brasileiras, ProTeste, Risqué, Testes Clínicos, Tolueno
Todos os fabricantes das marcas testadas disseram que estão de acordo com a regulamentação nacional.
Teste em laboratório questiona segurança de esmaltes no Brasil
«Ressaltamos que a Risqué cumpre rigorosamente as legislações vigentes. As substâncias utilizadas em nossos esmaltes são aprovadas pela Anvisa e cumprem os níveis permitidos de segurança», diz nota da Hypermarcas, que fabrica os esmaltes Risqué.
A empresa questionou a validade dos testes. «As análises não foram acompanhadas por técnicos e representantes da marca, o que não permitiu claro entendimento dos resultados.»
A fabricante confirma que o esmalte contém tolueno, solvente de uso controlado na Europa. «Ressaltamos que as concentrações encontradas são inferiores aos limites permitidos pelas leis brasileiras, europeias e americanas.»
Sobre os solventes furfural e o nitrotolueno, detectados no teste, a Hypermarcas afirma que as substâncias não são adicionadas na fabricação e, se foram encontradas, podem ter sido derivadas de outras matérias-primas.
Segundo o Laboratório Avamiller de Cosméticos, responsável pela Impala, todos os esmaltes da marca, inclusive os hipoalergênicos, seguem as leis nacionais.
Em nota, a empresa disse que os produtos passam por «testes clínicos de sensibilização cutânea e fotoalergia», recomendados pela Anvisa.
O laboratório reafirmou a segurança dos produtos, mas afirmou que não é recomendado usar esmaltes feitos para adultos em crianças.
Os esmaltes Colorama, da L’Oréal, não informam na embalagem que são hipoalergênicos. Segundo a análise da ProTeste, todos têm níveis aceitáveis das substâncias que podem causar alergias.
A empresa diz que, em 2005, as fórmulas foram alteradas para excluir os compostos, mas alguns ainda estão presentes, em níveis baixos.
Segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), os produtos vendidos no Brasil têm segurança comprovada e são usados em larga escala pela população, «que confia nos lançamentos do setor».
A associação discorda da comparação das leis brasileiras com as de outros países. «Diferentes nações possuem diferentes entendimentos sobre os processos de análise.»
Fonte: Folha de S. Paulo 29/04/2011