Pepsico é autuada por vender Toddynho contaminado

Caso decida multar a companhia, a Vigilância Sanitária de São Paulo poderá exigir valor de até 175.000 reais

A fábrica da Pepsico em Guarulhos, na Grande São Paulo, foi autuada pela Vigilância Sanitária estadual depois de produzir e colocar à venda as unidades de Toddynho que causaram irritações e feridas no sistema digestivo de consumidores no Sul do país. A autuação, contudo, não exige o pagamento de multa pela companhia. Caso haja essa determinação, o valor pode chegar a 175.000 reais

Há uma semana, a Vigilância Sanitária de Porto Alegre apreendeu vários lotes do achocolatado depois que algumas pessoas relataram irritações e lesões na mucosa da boca ao ingerirem a bebida. Ao todo, 29 casos foram notificados em Porto Alegre e em pelo menos outros dez municípios gaúchos. As unidades de Toddynho foram produzidas em Guarulhos e transportadas para o Sul.

Divulgado nesta quinta-feira, um dos laudos analisados pelo Laboratório Central (Lacen) mostrou que num dos lotes, entre os 13 que foram recolhidos, o pH do produto era de 13,3, alcalino ─ algo que equivale à acidez de produtos de limpeza, como soda cáustica e água sanitária, e considerado muito alto para alimentos, que têm valores próximos a sete.

A equipe de inspeção da Vigilância Sanitária de São Paulo concluiu que, embora a Pepsico cumpra as normas de boas práticas de fabricação, houve uma falha pontual que envolveu um equipamento de esterilização da fábrica. Segundo o relatório de inspeção, a empresa demonstrou por meio de documentos que possui um sistema de rastreabilidade satisfatório, detectando que o produto foi distribuído equivocadamente para o estado do Rio Grande do Sul. O relatório também concluiu que a Pepsico adotou as medidas necessárias para a correção do problema.

A Vigilância Sanitária paulista mantém a interdição cautelar do lote de caixas de Toddynho de 200 ml que apresentaram acidez acima do normal. A Pepsico pode recorrer. .

Veja o artigo original