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Vigilância manda mas não acontece! No país que possui a segunda maior indústria de cosméticos do mundo, 200 milhões de consumidores têm a saúde comprometida de forma criminosa! Após a interdição da Impala, Vigilância Sanitária não soube informar como seria efetuada a retirada dos esmaltes tóxicos do mercado, sua diretoria declarou que jamais havia acompanhado interdição desse tipo e que a responsabilidade é inteiramente do fabricante, sem supervisão. Resultado dessa ‘libertinagem empresarial’: horas após sua interdição, a Impala forjou ‘roubo total do estoque’ e despejou quase 3 (três) milhões de produtos tóxicos, a mais, no mercado, ampliando a contaminação pública.O resultado desse ‘recolhimento de fachada’ beirou a pífios dois dígitos.

Segundo relatório do órgão, uma das linhas do produto, fabricado pela Impala, tem pH próximo do limite de corrosão

O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo determinou a retirada do mercado de todos os lotes de uma das linhas dos esmaltes da marca Xuxa, o Xuxa by Impala Glitter, fabricado pela indústria de cosméticos Impala, da Grande São Paulo.

Segundo informe do órgão do dia 25 de agosto, uma análise de amostra do lote 02/04 do esmalte Xuxa by Impala Glitter 779 – Top Prata apontou que esta poderia causar irritação cutânea moderada e que tinha um pH muito próximo do limite que classifica um produto como corrosivo.

O lote foi testado após duas reclamações feitas ao centro de vigilância em relação ao lote anterior, o 01/04. No informe, a vigilância destaca que as reclamações tratavam de reação alérgica sistêmica e lesão permanente nas unhas com o uso de produto. Segundo o informe, crianças foram atingidas.

Ontem, a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde não localizou os responsáveis pela análise para comentar o laudo, mas confirmou a ordem de retirada, publicada sábado no «Diário Oficial» do Estado de São Paulo.

A Impala disse desconhecer a ordem do centro e contestou sua análise. A empresa informou ter feito testes em um órgão independente que apontou que o produto não causa irritação na pele (leia texto nesta página).

Ainda segundo a empresa, o teste que levou à decisão do centro é impróprio para a análise de esmalte. A empresa estava contestando a decisão de retirada dos lotes do mercado, segundo informou o químico responsável, Cleber Contente da Silva.

Segundo o Centro de Vigilância Sanitária, a Impala não manifestou defesa no processo.

A assessoria de imprensa da apresentadora Xuxa informou que ela não iria se manifestar. «O controle de qualidade tem sido satisfatório», disse Rogério Rahier, diretor comercial da Xuxa Produções. Segundo a Xuxa Produções, o esmalte não é para crianças e é parte de um licenciamento de cerca de dez anos.

Fonte: Folha de S. Paulo 30/08/2005