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A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (ProTeste) reprovou a qualidade nutricional dos cinco shakes mais vendidos no mercado – os produtos são usados em dietas e programas de emagrecimento.

Segundo a entidade, a quantidade de nutrientes dos produtos (carboidratos, proteínas e gordura), avaliada em laboratório, não é balanceada. Por isso, diz a Proteste, não seria adequado substituir uma ou mais refeições pelo shake, conforme o sugerido pelos fabricantes, pois sobram ou faltam os pilares da boa alimentação, o que coloca a saúde em risco.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os fabricantes dos shakes questionam a pesquisa da Proteste. Alegam que falta embasamento científico para as declarações, já que a própria associação dos consumidores afirma que os produtos estão dentro das normas sanitárias, em vigor desde 1998.

Em meio ao cabo de guerra entre Proteste, Anvisa e fabricantes de shakes estão os consumidores que, ao avistar as embalagens nas prateleiras de farmácias e supermercados, acreditam encontrar fórmulas eficientes e seguras para perder peso.

Consultados, os especialistas dão ganho de causa para os hábitos saudáveis. Orientam que, na dúvida sobre quais maneiras ideais escolher para entrar em forma, é sempre melhor recorrer ao cardápio natural e balanceado, atividades físicas e acompanhamento especializado em vez de produtos industrializados para substituir refeições.

As orientações

O consenso entre a associação que defende os consumidores, a agência que regula as normas sanitárias e os especialistas em nutrição é que os shakes jamais devem virar opções de cardápio sem o aval – e acompanhamento – de algum nutricionista ou médico.

A Anvisa, por exemplo, diz que quando as bebidas são utilizadas como substitutas do café da manhã, almoço ou jantar a própria legislação reforça que “isso somente pode ser feito sob orientação de nutricionista ou médico”. Maria Inês Dolci, presidente da Proteste, já é mais enfática e contraindica o consumo deste tipo de produto em qualquer situação.

“Percebemos que não é um produto ideal e recomendável para ser consumido com frequência. Os aspectos nutricionais não são positivos e é sabido que uma dieta desbalanceada acarreta problemas sérios de saúde, como desnutrição e problemas hepáticos”, alega a presidente da associação brasileira de defesa dos direitos dos consumidores.

Os nutricionistas, por sua vez, tendem a optar por um programa de redução de peso que não seja baseado na troca do almoço por um shake. O Conselho Regional de Nutrição responsável pela área de São Paulo e algumas cidades de Minas Gerais emitiu um parecer técnico sobre o assunto em 2006. Nele, a recomendação de alimentos para emagrecer, categoria dos shakes, deve ser uma “recomendação para curto prazo, com acompanhamento constante do profissional, além de avaliação nutricional constante”.

Fernanda Vaz, professora e nutricionista clínica do Conselho Regional de Nutrição responsável pelas áreas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, informa que a qualidade nutricional dos shakes não é suficiente para substituir refeições e, sim, um lanche da tarde por exemplo.

“Sempre digo aos pacientes que os custos dos produtos são muito altos e, nutricionalmente, não compensam a substituição de uma alimentação balanceada”, diz Fernanda. “Reforço que os hábitos saudáveis são melhores do que estes produtos, pensando nos resultados para emagrecer”, completa a especialista.

A lista de doenças creditadas à alimentação com defasagem nutricional é extensa, formada por osteoporose, um dos inimigos das mulheres, e também por alguns tipos de câncer, conforme já alertou o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Os shakes, vale lembrar, não podem ser apontados como vilões exclusivos do cardápio ruim do brasileiro. O próprio Ministério da Saúde, em levantamento feito sobre os fatores de risco da população, identificou que 80% não comem a quantidade ideal de frutas e verduras e que 20% bebem refrigerante mais do que cinco vezes por semana. A obesidade e o peso em desacordo, por consequência, somam cerca de 30% entre os brasileiros, mapeou a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade.

Os resultados da pesquisa

Shake BioSlim
Problemas identificados: carboidratos e proteínas acima do valor ideal e gorduras abaixo do valor ideal
Resposta do fabricante: todos os produtos da linha Bioslim Shake Diet estão rigorosamente de acordo com a legislação brasileira.

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No documento divulgado pela Proteste, a instituição afirma que relacionou o produto Bioslim Shake Diet a estudos científicos. Porém, não cita todos os critérios da análise.

Diet Shake
Problemas identificados: carboidratos e proteínas acima do valor ideal e gorduras abaixo do valor ideal
Resposta do fabricante: não respondeu até a publicação da reportagem.

Diet Way
Problemas identificados: carboidratos e proteínas acima do valor ideal e gorduras abaixo do valor ideal
Resposta do fabricante: não respondeu até a publicação da reportagem.

Herbalife
Problemas identificados: proteínas acima e gordura abaixo do valor ideal
Resposta do fabricante: a empresa não reconhece a pesquisa por desconhecer a metodologia e os critérios de pesquisa e avaliação do órgão. Todos os produtos foram submetidos ao rigoroso processo de aprovação da ANVISA.

In Natura
Problemas identificados: proteínas acima e gorduras abaixo do valor ideal
Resposta do fabricante: a engenheira de alimentos responsável pela área técnica da empresa diz que todas as normas da ANVISA são seguidas, que o produto é seguro para substituir refeições e que as críticas da Proteste são “avaliações pessoais” da entidade.

Fonte: Click pb / ProTeste 02/02/2010